segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Porque sangue não é água...


Parabéns papai!
Estava olhando essa foto e reparei no ano:1985... eu tinha 6 meses e papai tinha a minha idade hoje...
Fiquei imaginando como era para ele, tão novo, já ter uma filha pra criar...
Claro que eles deram conta! E super bem...afinal sempre digo que sou abençoada pois tive pais extremamente presentes e participativos na minha infância. Mas hoje em dia, quando começo (junto com o marido, claro!) a questionar a hora certa de começarmos a nossa própria família e ainda emitimos um sonoro " Ainda não é o momento", fico pensando no caso deles que não tinham a estrutura que nós temos hoje.... nem a grana e nem possibilidade de pensarem erm curtir a vida de casados um pouquinho antes de assumir tamanha responsabilidade.
Ok, como eles mesmo dizem, eram outros tempos, mas eu fico imaginando que os sonhos e os medos deveriam ser os mesmos que sinto agora. Vejo essas fotos de quando era pequena e eles eram tão novinhos, tão inexperientes e ao mesmo tempo felizes!
Chego à conclusão que hoje em dia, a gente acaba complicando demais as coisas. Nós colocamos um montão de barreiras para algo que é natural e vem sendo feito desde que o mundo é mundo. Meu pai ainda estudava quando eu nascí, minha mãe tinha aberto sua farmácia de homeopatia, mas dúvido que eles tivessem mais grana do que temos hoje. E nem por isso a minha infância foi privada de alegrias... claro que a grana não permitia um montão de coisas, mas a verdade é que não lembro de nenhum momento da minha infância em que me sentí menos que os outros... não tive o furgão da barbie e nem motorista e babá...ficava com a nonna e mamãe ia trabalhar e garanto, são as lembranças mais deliciosas da minha vida.
Hoje, com os filhos criados, eles viajam, saem e fazem o que querem com a sensação de dever cumprido, filhos criados e a vida pela frente.
Mas será que tudo foi uma mar de rosas pra eles como foi pra mim? Será que minha infância foi tão simples e fantástica porque eles abriram mão de tudo que antes era pra eles para que nós pudessemos ter? Acho que sim.
Mas sobreviveram e foram muito felizes...
Talvez a gente deva aproveitar o tempo para avançar em nossas carreiras, viajar para a Índia, comprar o resto dos móveis da casa, mas não transformar a vinda de um filho em um objetivo tão inalcansável. Claro que queremos dar de tudo aos nossos pequenos, mas a lição que tiro de meus pais é que é possível ser muito feliz na infância sem ter tudo. Amor, carinho, atenção e dedicação são de graça!
Então não só ao meu pai herói, mas a minha mãe heroína também, minha admiração e eterno agradecimento hoje e sempre por serem e continuarem sendo esses pais maravilhosos.

ps: Estou no escritório e uma lagriminha tá descendo o rosto...de felicidade, de orgulho!
E o final de semana foi bom? Curtiram o pai ou os filhos?

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