Fica a dica tá?

Caros leitores inexistentes... gostaria de informá-los que este post pode gerar revolta em alguns de vocês... por isso deixo claro, antes de começar a escrever que esta é a minha opinião e eu GARANTO que por mais que muita gente não assuma, mas concorda. Cada um tem direito à sua opinião, mas gostaria que vocês pelo menos perdessem um tempinho pensando nisso que vou escrever e tentar se colocar no lugar da pessoa que está passando pelo que eu e minha família estamos.
Pois bem, eu tenho uma nonna (nonna é vovó em italiano, elas normamelte são mais fantásticas ainda que as vovós...rs, e a minha nonna teve um infarto nessa sexta feira passada (faz 1 semana hoje). Não vou contar a história toda mas infelizmente a situação dela não é nada boa e a cada dia viver essa situação vai ficando mais difícil para todos nós que amamos ela mais que lasanha...(isso significa muito amor tá?)
Mas o que eu queria escrever aqui não é a situação da minha nonna em sí, mas a situação que passamos com amigos, parentes, vizinhos, primos dos vizinhos, o porteiro... não preciso continuar a lista né?
Quando um parente fica doente, as pessoas ligam...ligam mesmo quando não veem você há maisde 3 anos, mas a notócia se espalha e as pessoas ligam atrás de notícias e para oferecer o apoio delas. Na teoria isso é fantástico porque a família e o paciente se sentir queridos... o que faz um bem danado pro nosso coração num momento de medo e dor.
O problema é que para cada membro da família que passa o dia aguardando as horas de visita de uma UTI, tentando cuidar da própria casa, trabalhando e com medo cada vez que que o telefone toca, esse "carinho" vira um trabalhão!
Conhecem a frase: " Me liga ein?? Não vai me deixar sem notícias! Quero saber de tudo... se precisar estamos aqui...mas me liga ein??"
Imagine essa frase repetida a cada um de nós, por 38 conhecidos. Imaginou? Agora imagine ter que retornar essas ligações e ainda continuar com a rotina hospital + casa+ trabalho+ vida própria. Não dá né?
Mas vai dizer isso pra pessoa que te liga? Imagina! Justo ela que é taaaaaao próxima de vocês... taaaaao próxima do paciente....
O que eu quero dizer aqui é que as pessoas que as vezes acham que estão ajudando, atrapalham pra ca....ramba. Queria ver quem é o "amigão" que vai lembrar que você deve estar exausta quando chega em casa e ainda tem que preparar o jantar...aí te deixa uma comidinha delícia com um bilhetinho fofo... ou aquele que vai ligar, deixar seus bons pensamentos à vocÊ e à família e se colocar à disposição. (ponto final!) Sem te cobrar telefonema, notícias regulares e tal... um simples "estamos rezando por fulano, ligue se precisar, te amamos!" é difícil minha gente?
VocÊs podem pensar que sou sem coração e que as pessoas só querem ajudar e que eu não merece TODO esse carinho, mas como disse no início, essa é a MINHA opinião e acho que secretamente muitos concordam com ela.
E sabe como a gente muda isso? PRATICANDO! é o que eu faço quando alguém querido está doente/ faleceu: deixo meu amor e beijos e abraços e pensamentos ultra positivos à disposição. Me faço presente sempre que solicitado, ofereço algum tipo de comodidade (tipo cuidar do seu nenÊ enquanto vc vai no hospital fazer a visita); porquê eu acredito que amigo, colega, família e tal, tem que facilitar a nossa vida numa hora dessas e não impôr mais uma obrigação. A verdade é: "Vamos levantar a cara do umbigo e perceber que é o outro que tá passando por um momento difícil e não você"
Frases do tipo: Você não retornou minhas 250 ligações, você viu que eu deixei 14 mensagens na sua caixa??
Essas coisas irritam e magoam!!!!!
Desculpe se ofendí alguém ok?? Mas eu precisava desse momento PRONTO FALEI!
Um ótimo final de semana para vocês e obrigada de coração pelos que estão pensando na gente nesse momento doloroso, a família agradece!

A desculpa

Queridos amigos invisíveis, eu não me esquecí que tinha PROMETIDO postar ontem algumas fotos da minha casa e dos meus objetos de decòr (aprendí que é mais chique falar assim que simplesmente decoração... phina eu!)
Mas eu tenho uma desculpa que preferia não ter, mas são coisas que acontecem né? (pelo menos eu tento repetir isso pra mim 200 vezes quando esse tipo de coisa acontece): Bateram no meu carro.....sniff!
Eu estava quase chegando no trabalho, cantando toda contente a musiquinha do Kid Abelha (que todooo mondooo finge não gostar, mas sabe cantar!)"...Fazer amor de madrugada...." e o farol fecha. Eu, mais do que elegante e fofa, paro meu possante (não que ele seja, mas eu gosto de chamá-lo assim) antes da faixa (olha a multa!) e continuo cantando toda alegrinha...De repente, vem um looooouco lá de trás e não repara que o farol está fechado e que o possante está parado e bate à toda na minha traseira.
Obviamente, a alegrinha, contentinha, fofinha, leva um sustão com a pancada e o barulho. Quero esclarecer uma coisa aqui: antes que alguém pense "ah! Foi só um totózinho... bem de leve, não é pra tudo isso!"
Gostaria de deixar beeeem claro que o cara vinha de loooonge e a pista estava quase vazia...foi na velocidade que ele estava vindo que ele acertou minha traseira, não reduziu, não tentou frear, conclusão foi um Totózão, bem zão mesmo...
Descì do carro tremendo mais que vara verde, toda trabalhada no tema executiva e fui falar com o rapaz. Ele também tava trabalhado no tema executivo(dahhh naquela hora da manhã todos no trânsito estão né? Ninguém que não trabalha transita feliz e contente as 8:30 da manhã naquela avenida feiosa)e vem todo educado, pede desculpas, diz que estava distráido e tals...eu mantive a cara feia e fiz pose de firme com o celular na mão para tirar foto da placa dele e do estrago no carro (bem como maridão ensinou). O problema é que a pessoa aqui, por mais que saiba fingir ser muito equilibrada e dona da situação não conseguia tirar a foto de tanto tremer...
Vou resumir a história antes que vocês durmam tá? No final, o cara é meio figurão numa empresa e a secretária dele me ligou toda gentil logo depois pra gente cuidar da situação o quanto antes... como isso é raro né?
Eu o avisei que faria um B.O. logo após uma reunião que eu tinha naquela manhã e não podia me atrasar (mentira, eu queria era chegar no trabalho e ligar pro papai e maridão pra ver o que mais eu tinha que fazer) e ele todo solicito foi me passando nome completo, telefone, RG, CPF, Tipo sanguíneo e cor da cueca...(FYI: mentira a parte do tipo sanguíneo e da cueca tá?)
E agora cada vez que nos falamos para organizar os detalhes de seguro, onde levar, o que danificou, e bla bla bla whiskas sachet é uma troca de gentilezas absurda!
Impressionante, mas nem parece que ele (peço desculpas em antecipado pela palavra que vou escrever agora, mas ela demonstra intensidade extrema neste relato)FODEU com a traseira do meu carro.
Fico pensando como num mundo cor de rosa e com nuvens de algodão seria fantástico se todos os acidentes de trânsito fossem assim: As pessoas podiam ouvir a justificativa da pessoa que bateu e ser honesto e pensar: quem nunca? eu imagino que todo mundo que dirige já fez cagada no trânsito... eu sei que já fiz, mas são cagadinhas, não estou dizendo aqui que tudo é justificável. Veja bem: o louco(a) que dirige bêbado não é uma caguadinha, o inconsequente, o egoísta, o apressadinho...
Mas a questão é que como eu, todo mundo já desce do carro com cara feia (às vezes xingando da mãe da pessoa e outros familiares próximos), afinal é assim que se faz né? Esse é o nosso medo, que se nós não agirmos assim, a outra pessoa foge, dá informação errada, o que às vezes acontece, mas a gente não devia sair do carro já pra querer matar sem nem antes ouvir oque o outro indivíduo tem a dizer.
Aprendí a minha lição e nas próximas vezes (espero que não sejam muitas e nem muito frequentes - pelo amor de Deus!!!!) vou tentar lembrar disso.
Bom queridos, isso tudo pra explicar o porquê não conseguí postar ontem... espero que me perdoem! Hoje quando voltar pra casa vou cumprir com a minha promessa tá?

EU VOLTEEEEEEI!

Volteeeei! Será que meus leitores invisíveis ficaram com saudades?? Ficaram bravos comigo né? Dei uma master sumida... começou com a viagem mas na volta vem aquele turbilhão de coisas que ficaram paradas durante a ausência e até botar a casa em ordem demorou uns diazinhos...
Mas eu voltei!! E não esqueço da minha promessa! Vou colocar umas fotos amanhã da casa, incluindo os objetos comprados nas viagens!!!! Porque, cara amiga dona de casa, a gente viaja a trabalho mas sempre acha um momento pra gastar né?
Não sei vocês, mas eu adoro viajar! Mesmo que a trabalho é sempre gostoso aquele clima de aeroporto, quarto de hotel e tal, mas dessa vez foi diferente: pela primeira vez na vida sentí uma falta tremenda do meu canto!
Por mais que as viagens tenham sido curtas (foram 3 destinos, um atrás do outro), mas sentí falta da MINHA CASA sabe? Não foi só do marido, dos meus filhotes de quatro patas e de dormir 8 horas por noite, mas sentí falta do lugar, da rotina de chegar em casa a noite e preparar o jantar, de bater papo com a empregada, de esperar o marido chegar, de tomar um banhão no meu chuveiro...
Engraçado, mas quando morávamos na Austrália, por mais que tivessemos o nosso apartamento (que era pequeno mas era uma graça, tinha sempre um sentimento meio de cigano, de itinerante, a mesma coisa quando morava com a minha mãe. Mas dessa vez eu tenho a MINHA CASA e ela fez uma falta horrorosa. Por mais que eu soubesse que seria uma viagem curta e passaria voando por causa da quantidade de coisas que tinha que fazer em cada destino, à noite dava um aperto no peito quando eu deitava naquelas camas de hotel gigantes com 285 travesseiros e 567 canais de TV a cabo (a fiiiiirma só coloca a gente em hotel 5 estrelas....chique né? hahahah).
Nesse ponto, quando no último dia de viagem, estavamos em Buenos Aires e tivemos o sabadão livre, me joguei (nos jogamos né chefinha??) nas compras e por mais que visse roupas lindas, meu foco não saiu das coisas para casa.
Aí me deu um estalo: eu crescì! (Me nego a dizer que envelhecì! Eu vou crescer para sempre, sempre sem sair do meu 1,5m).
Ver coisas para casa e me animar tirando medidas para ver se caberia na sala, quarto, cozinha...foi muito bom; o foco mudou e isso me fez pensar em quanto eu mudei sabe? Em quanto, depois de tanto bate perna na Australia, depois na casa da mãe e tals, eu (nós né marido?)achei o meu porto seguro, fincamos a nossa bandeira, conquistamos um território, estamos criando uma (mini por enquanto)família.
Vocês devem estar se perguntando: como essa louca que escreve num blog abandonado conseguiu fazer toda essa análise de terapia enquanto via meia dúzia de coisas para casa? Simples cara leitora invisível, semana da TPM! Não preciso nem dizer que também tiveram vários episódios de choro de emoção, tristeza, sem motivo, com motivo, com saudades de sabe Deus oquê...
Multi tasking seria a expressão correta.
Independente da razão, foi muito bom perceber e vivenciar essas coisas. Agora voltei para casinha e parece que estarei em terra firme até Fevereiro.
Vale pra valorizar o que a gente tem, para ser grata por ter um teto na cabeça enquanto tanta gente sonha com essa possibilidade...
Chega né? Amanhã tem mais! (PROMETO!)

Eu estou viva!!! Mais ou menos...

Pois é amigos invisíveis... as vezes é difícil continuar quando a gente está super ocupada no trabalho e tem a impressão de que quase ninguém lê esse blog, então antes de continuar este post, peço gentilmente que se realmente existem algumas pessoas nessa imensidão da internet que segue o que eu escrevo, dêem sinal de vida ok? Um sinalzinho já me ajuda a querer coninuar a achar um tempo nessa minha agenda louca para vir aqui todos os dias escrever... porque as vezes sinto que falo sozinha e me sinto meio louca sabe??
Mas a razão do sumiço não é só essa: a culpa como sempre é do maldito trabalho. É que como eu trabalho pra aum grupo Italiano, tudo é sempre uma doidera... não só pelo fato que eles são meio loucos (e eu também), mas é que tenho que lidar com fuso horário e viagens tipo maratona, daquelas em que você muda de país e nem percebe...
Na semana passada fui para Caracas e Bogotá e depois de amanhã parto para Buenos Aires... sempre na correria, claro! Mas eu gosto...dá uma sensação de novos ares, de falar outra lingua, caminhar por uma outra cidade, ver outras caras...sem contar café da manhã de hotel que eu AMO...
Por isso sumí e ainda vou sumir mais um pouquinho, mas na volta pretendo colocar o papo em dia e queria fazer uns posts sobre decoração: como vocês sabem a minha casa ainda está em fase de montagem, por isso estou por dentro de preços e novas tendências...
Então até a volta eu deixo um bjinho pra vocês e espero ver alguns comentários... com certeza vocês me deixariam muuuuito feliz!
Fabi